Depois da liberdade, o que fizeram os quatro réus da Kiss

Maurício Barbosa

Depois da liberdade, o que fizeram os quatro réus da Kiss

Presos desde 15 de dezembro de 2021, os quatro réus do processo do incêndio da boate Kiss receberam liberdade pouco depois das 20h de quarta-feira, após 232 dias na cadeia. Na quinta-feira (04), a reportagem entrou em contato com as defesas de todos os réus para saber onde eles estavam e o que fizeram no primeiro dia de liberdade. No entanto, os reús preferiram não falar sobre o assunto.

Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão sendo liberados. Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Marcelo

A advogada Tatiana Borsa, que defende Marcelo de Jesus dos Santos, afirma que o cliente ficou na casa de familiares, em São Vicente do Sul – cidade onde ficou preso nesse período – e que vai aproveitar os próximos dias para descansar.

– Quero deixar ele respirar a liberdade. Na semana que vem, vamos conversar pessoalmente – garante a advogada.

Luciano

O advogado Jean Severo, que representa Luciano Bonilha Leão, não quis revelar o destino do cliente após deixar a prisão.

– O Luciano saiu, vai dar uma descansada. Ele ficou oito meses preso. Estamos muito felizes com a soltura dele, mas, neste momento, a gente vai ficar mais calado, mais tranquilo, porque tem esse pedido do Ministério Público para que eles voltem para o cárcere.  Ele está bem, está contente e estamos aguardando a decisão do ministro – destacou Severo.

Elissandro

Foto: Record RS (Reprodução)

A defesa de Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, preferiu não se manifestar. No entanto, o advogado Jader Marques postou no Instagram um vídeo do momento em que Elissandro chegava em casa, na noite de quarta, e era recebido pelas filhas, pela esposa e pelo cão de estimação da família.

– Só a advocacia criminal praticada com paixão pode proporcionar momentos como este. Kiko é um pai amoroso, um filho atencioso, um irmão dedicado, alguém que nunca mede esforços para ajudar quem precisa. Eu deixo meu cliente e meu amigo em casa, depois de um dia de fortes emoções, mas saio com o coração apertado ao saber que o ministro (Luiz) Fux (do STF) já está com um pedido de prisão feito pelo Ministério Público – escreveu o advogado, junto ao vídeo de Elissandro com a família.

Mauro

Já o advogado Mario Cipriani, que defende Mauro Londero Hoffmann, afirma que eles já se reuniram. Ontem, o ex-sócio da Kiss ficou em casa, em Porto Alegre, mas poderá se mudar para Santa Catarina, ou mesmo Santa Maria.

– Uma felicidade enorme acompanhá-lo na saída ontem (quarta). Ficamos em Porto Alegre, conversamos bastante, nos reunimos com a família para tratar de alguns rumos a seguir, a depender de recursos, de situações que estão em decisão e começar a nos preparar para situações que se avizinham. Recursos que podem ser, inclusive, da própria defesa a partir dessa decisão e, na sequência, o Mauro vai permanecer no Estado por mais um tempo e depois vai ficar com a família, podendo ser aqui, ou em Santa Catarina ou até mesmo em Santa Maria – disse Cipriani.

O advogado informou que Mauro irá falar após ajustar a rotina e que, diferentemente da postura de isolamento a que se submeteu ao longo dos anos antes do julgamento, ele deverá aparecer mais:

– Diferentemente de como vinha sendo conduzido, deverá ter uma situação de mais aparição, inclusive com entrevistas. Não é uma mudança na defesa, mas é uma mudança de visão.  

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